Como Formar um Leitor?

Existe coisa mais divertida que ler? Magia, fantasia e imaginação são apenas alguns dos elementos presentes nesses momentos, muitas vezes inesquecíveis. Porque então, as escolas formam tão poucos leitores e o gosto pelos livros ainda é uma raridade em nosso país?







Qual o contexto desse problema?

Os estudos apontam que o vilão dessa história é sempre o mesmo: misturar a literatura com atividades didáticas. Com razão, os estudantes não gostam quando precisam fazer resumos ou preencher fichas após a leitura de um texto.
Afinal, se a leitura deve provocar prazer e fruição, não há sentido em exigir tarefas que não tenham relação com isso. Estimular as múltiplas interpretações dos alunos privilegiando a construção de sentidos para os textos, estabelecendo relações com a realidade dos alunos e seus conhecimentos prévios e promovendo a construção de seu conhecimento por meio de atividades problematizadoras, deveria ser o objetivo da leitura.















Sugestões de atividades


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Sugestões de atividades com leitura e escrita

1) Nova escola. N° 221 – A Origem da Vida. Abril 2009
Língua Portuguesa – Produção de texto – 3° ao 5° ano (pg 54)
“Ler para escrever”
Bons leitores são bons escritores? Nem sempre. Para enfrentar o desafio da escrita, é preciso investigar as soluções de autores reconhecidos,
Rodrigo Ratier

Muitas pessoas afirmam que para escrever bem é preciso ler bem, por isso grande parte dos professores propõem aos alunos ler muito, ler de tudo, na esperança de que seus textos melhorem automaticamente. Porém, tal evolução simplesmente não aparece.
Para fazer avançar a escrita, a prática não pode ser um ato descompromissado, sem foco. Pelo contrário: exige atenção e um encadeamento bem definido de atividades, que tenham como objetivo mostrar como redigir textos específicos.
“A leitura para escrever é um momento especial, que coloca os estudantes numa posição de leitor diferente da que usualmente ocupam. Afinal, a tarefa deles será encontrar aspectos do texto que auxiliem a resolver seus próprios problemas de escrita”, afirma Débora Rana, psicóloga e formadora de professores do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Trechos de contos trazem ótimas sugestões para os textos
A idéia do trabalho é analisas os efeitos e o impacto que cada obra causa em quem as lê. Quando a turma lê diversos textos bons, com expressões e características recorrentes, ela consegue, pouco a pouco, entender que é a linguagem que gera os tais efeitos que tanto nos comovem e divertem.
Com base neste trabalho, vemos que os contos são essenciais de serem abordados com os alunos, principalmente nas classes de 3° ano, oferecendo excelentes recursos para enriquecer produções de gêneros literários. Cabe ao professor, então, no papel de leitor mais experiente, compartilhar com a turma as principais preciosidades literárias, sendo necessário abordar aspectos como:
●Linguagem e expressões características de cada gênero;
●Descrição psicológica;
●Descrição de cenários;
●Ritmo e
●Caracterização dos personagens.
Porém, o trabalho não para por ai, visto que é necessário que os alunos ponham seus conhecimentos em prática, já que apesar de a leitura ser essencial para impulsionar a escrita, não se desenvolve o comportamento de escritor sem enfrentar os complexos desafios de escrever.

2) Nova Escola, n° 228. "50 Idéias para 2010", dezembro de 2009. ( pg 61)
Língua Portuguesa – Produção de texto – 5° ao 7° ano
“Lição de mestre”
Ao conhecer as características de estilo de autores profissionais, os alunos aprendem diferentes maneiras de estruturar um texto e abordar um tema.
Anderson Moço
É extremamente necessário aos alunos ter contato com várias obras de diversos escritores, a fim de detectarem suas marcas estilísticas e usá-las em suas produções. “É importante que as crianças sejam levadas a observar as criações e as transgressões literárias para que possam enriquecer suas produções”, diz Ana Cristina Zelmanovitz, pedagoga e pesquisadora do Centro de Estudo e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
O primeiro passo é escolher as obras de um autor a serem dissecadas de acordo com as necessidades de aprendizagem da turma. Não se trata de eleger textos ditos difíceis ou fáceis, assinados por nomes consagrados ou vanguardistas.
Depois da leitura, é interessante conversar com os alunos para que eles percebam as características que marcam os textos. Alguns recursos nem sempre ficam explícitos depois da primeira analise: é preciso levar a garotada a percebê-los. Para isso, questione algumas decisões do autor, as maneiras como ele resolve problemas acerca da forma e da linguagem, e da estrutural geral do texto em si.

A proposta também não pode tangenciar a escolarização da leitura. Os reais objetivos de focar os traços de um escritor, além de fazer com que os estudantes conheçam mais sobre a cultura escrita para redigir melhor, é ajudá-los a perceber que seguir um escritor, acompanhando sua trajetória profissional, é uma saborosa aprendizagem, sem querer, com isso, formar Clarices, Machados, Gorges, entre outros.
Como exemplos de atividades enriquecedoras, neste exemplar temos: (Pg 66)
1 - Fazer da leitura uma tarefa diária;
2 - Abordá-la em todas as disciplinas;
3 - Realizar leitura em voz alta, em grupo e com o objetivo de localizar dados para compará-los;
4 - trabalhar com resumos, destacando as idéias importantes do texto.
É mencionado, também, um dos fatores que contribui com as dificuldades de leitura dos alunos:
1 - a maioria das escolas trabalhar como se todos os alunos tivessem o mesmo nível de aprendizado, o que acaba empurrando para baixo os que têm dificuldades e precisam de acompanhamento para aprender.

Bibliografia:
Nova escola. N° 221 – A Origem da Vida. Abril 2009.
Nova Escola, n° 228. "50 Idéias para 2010", dezembro de 2009.

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